Um dos maiores enclaves na dança do ventre é visível, logo aos primeiros momentos de uma apresentação: a expressão facial que a bailarina assume quando executa os movimentos.
Quantas vezes vemos bailarinas dançando inexpressivamente, independente de como se desenvolvem os ritmos, as paradas e retomadas, aberturas e grand finales. Sua técnica pode ser desenvolvida, mas não cativa seu público e seu espetáculo mais parece pura demonstração de agilidade corporal.
A música é, antes de tudo, uma manifestação de sentimento. O artista é o expert em expressar sentimentos, crenças e sensações. Quem dança tem que saber interpretar, a seu modo essa manifestação. Só que o movimento , sem a expressão facial condizente, denota amadorismo, tensão e insegurança para incorporar a música.
A bailarina pode ser ótima tecnicamente, mas se seu rosto não traduz emoção, sua dança fica comprometida. O público divaga e o espetáculo perde a força.
Esqueça os aplausos por enquanto. Seja realista e deixe de lado as fantasias acerca de seu conhecimento e experiência. O público vai apreciar isso ou não com o tempo. Tenha em mente a idéia de que somos eternas aprendizes.
Sua expressão deverá alterar-se ao longo do tempo, sempre buscando o equilíbrio.
Imagine uma dança onde você vai observar somente a expressão facial . Temos um gráfico para tentar ilustrar essa hipótese:
Rosto impassível (inexpressível)
Sorriso constante
Equilíbrio harmonia com a música
Sorriso exagerado
Caras e bocas (vulgaridade)
Texto : Lulu Sabongi
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