Taheya Carioca, nascida Badawiya Muhammad Karim Ali Sayed, em Manzala (1919), foi a primeira bailarina a conquistar fama mundial com sua dança, atuando no cinema ao lado de estrelas como os cantores Farid Al Atrache e Mohamed Ahdel Wahab. Sua história é muito original e peculiar.
Ela herdou de seu pai a aptidão para vários matrimônios (casou-se 13 vezes!) e o gosto pelas artes. Estudou na Ivanova Dance School antes de se mudar para a Mohamed Ali Street, rua egípcia equivalente à Broadway. O curioso nome “Carioca” lhe foi dado devido à sua conexão com o samba brasileiro (isso mesmo!). Na década de 30 – primórdios de sua carreira – quando dançava no cassino da famosa bailarina Badia Massabni, fascinou-se por este ritmo, pedindo a seu derbakista que incorporasse algo similar em sua tabla. Desta forma, Taheya introduziu ritmos latinos-americanos em seus shows, tornando-se conhecida como “Taheya Carioca”, e seu percussionista, como “Zaki Carioca”.
Sua fama começou a crescer entre os anos 30 e 40 quando o rei Farouk, do Egito, convidou-a para dançar em sua festa de aniversário. Seu primeiro filme, La Femme Pantin, lançou em 1935 sua carreira cinematográfica, sendo seguido por mais de 120 obras, sem contar os trabalhos no teatro e na televisão, que a projetaram para todo o mundo árabe.
Após vários casamentos, já em idade avançada, Taheya retornou ao seio do Islã. Entretanto, permeneceu como um ídolo de sua época, vindo a ser uma fonte de inspiração e de influência para toda uma nova geração de bailarinas que começaram a despontar.
Taheya morreu no Cairo, em 1999, vítma de ataque cardíaco.
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