*Dabke* Artigo especial sobre o Dabke

A Dança do vilarejo Libanês

Imagine-se andando numa Vila cheia de pessegueiras, macieiras e plantações de Uva, e sentindo o aroma da colheita de meio de Setembro. Isso, meus amigos, é um vilarejo encontrado no Líbano seguindo as tradições que seus ancestrais deixaram.


Vilarejos Libaneses são famosos por muitas de suas tradições ancestrais e com honra as carregam de geração para geração. Muito disso consiste da cooperação da família e neste caso toda a Vila se torna uma FAMILIA.

No meio de Setembro, familias se encontram nos seus campos, para celebrar a temporada de colheita do Vinho. As uvas colhidas das Parreiras foram separadas, algumas para fazer Arak , algumas para Vinho, outras para Vinagre e o resto para fazer doces de Uvas. O ar está tomado pelo delicioso aroma do suco de Uva que está sendo aquecido ao fogo. Algumas mulheres recheiam suas belas travessas com tabouleh, hummus, babaghanouj, folhas de uva e uma coleção de petiscos, frutas, e pães. Outras andando balançam seus jarros de água sobre as cabeças com elegancia. Os jovens rapazes e moças, vestindo roupas festivas, vão com suas mães conhecer os membros mais velhos de sua familia nos campos. as jovens mulheres estão vestidas em esvoaçantes calças e camisas e longas vestimentas; véus e lenços com bela decoração e adornos nas cabeças. Os homens estão vestindo seus sherwals e labbadeh (calças largas e chapéus típicos) com vestimentas coloridas sobre suas camisas e botas.


Um homem idoso entra em cena carregando um derbake(um pequeno tambor feito de um cilindro de madeira e pele de carneiro esticada), seguido de uma turma de outros com seus nay e mijwiz (o nay é uma flauta de bambu simples longo e o mijwiz é uma flauta dupla mais curta).

A musica começa a tocar, e a brisa fresca da tarde de Setembro está em todo lugar. Alguns homens e mulheres seguram as mãos e começam a dançar para a entonação Dalunah, a base de todos os Dabkes (para bater no chão com um dos pés), enquanto outros batem palmas criando o ritmo apropriado. Então se abre caminho para o canto improvisado; uma mulher entra em cena com um jarro balançando sobre sua cabeça e é seguida por outras, como que competindo. Então os homens tomam parte com suas espadas, fazendo a dança da espada para o ritmo do mijwiz. Conforme o tempo vai passando, os mais velhos vêm participar também, segurando as mãos com os mais jovens formando uma linha unitiva e fazendo o mesmo passo. O homem e mulher nas estremidades opostas da linha fazem passos diferentes para mostrarem quão competentes, ágeis e graciosos eles são. O resto da turma bate palma e canta para revelar sua felicidade.

Um homem idoso chama e anuncia que o suco de Uva já esquentou e já esfriou, eles podem bebe-lo. Aqui a atmosfera está recheada com ululação para os homens responsáveis pelo suco e para as mulheres que preparam a comida. E conforme a ululação continua o tempo do Dabke aumenta.

Felizmente, de todas as tradições libanesas essa cena não morreu, especialmente nos Vilarejos.O Dabke é uma dança nacional Libanesa que é levada em todo Clube, restaurante, ou festa.







Sua História

Em tempos antigos, antes de forros estáveis serem instalados nos lares Libaneses. Seus forros planos eram feitos de galhos de árvores que eram tapados com barro. Quando vinha a mudança de estação, especialmente o inverno, o barro iria rachar e iriam começar as goteiras e era necessário um conserto. O dono da casa iria chamar seus vizinhos para ajuda- Al-Awneh- e os vizinhos iriam subir no forro. Eles seguravam as mãos, formavam uma linha e começavam a bater os pés enquanto caminhavam sobre o forro com a finalidade de ajustar o barro.

Depois de um tempo, Al-Awneh, ficou conhecido como Dalunah, uma forma improvisada de Dabke cantado e dançado. Um derbake, nay e um mijwiz foram adicionados para manter os homens trabalhando no tempo frio (isso estimulava maior energia pela pressão sanguínea). Conforme o tempo emergiu, a dança Dabke se tornou uma das tradições Libanesas mais famosas. Hoje o Dabke é performance em toda casa Libanesa. O Dabke anima a vida, quando amigos e parentes se juntam em volta do mezze Libanês com arak ou vinho e começam a praticar a dança.


*****************************************************************************

Sobre o Dabke:

O dabke é uma dança jovem que requer de energia e força, a qual se realiza em forma de semicírculo, usualmente entre 6 e 15 bailarinos. Às vezes existe entre eles um líder, denominado “A o-lawah”, quem deve ser uma pessoa graciosa e encantadora.




Existem muitos tipos de Dabke, os mais típicos são os denominados “A o-Dabke” e “A o-shamalie”. Estas danças começam com uma melodia, a qual o “Kawil” começa a cantar, então os bailarinos começam a mover suas pernas em uma forma que é similar a um passo de uma ordem militar. Uma vez que o “Kawil” tem terminado de cantar, o líder do grupo “A o-lawah” começa a dançar só, pelo que todos os bailarinos realizam simples movimentos até que o líder do grupo observa que eles se estão a mover em exactamente a mesma maneira. Uma vez que tem sucedido isto, ele dá o sinal para que todos comienzen a dançar.

O dabke permite-nos mostrar a história, a luta e as aspirações dos povos árabes. Tem especial importância para o povo palestiniano, o qual, em ausência de uma verdadeira soberania, se apoia na cultura folklórica para reafirmar sua identidade. É bem como existem numerosas organizações que promovem a actividade cultural nos territórios ocupados e os campos de refugiados, tais como Ibdaa ou Bourj-A o-Shamali, como uma forma de lhe dar uma oportunidade aos jovens de demonstrar suas capacidades, o sofrimento que vivem dia a dia, seus sonhos e aspirações.

************************************************************************




Na foto acima :crianças dançando dabke



Abaixo um texto sobre o dabke de Lulu Sabongi:

A palavra “dakbe” significa bater no chão com os pés.


Está é a origem da dança folclórica do povo libanês: ato de amassar o barro ao lado da comunidade e de cantar e alegrar-se com o trabalho.

No passado, antes das telhas terem sido instalados nas casas libanesas, os seus telhados eram planos e feitos de ramos cobertos com lama.

Na mudança das estações, entre o outono e inverno, a lama viria a rachar e começaria a vazar, e precisava ser recompactada.





Para auxiliar no trabalho, os aldeões se reuniam, subiam nos telhados e, de mãos dadas, formavam uma fila e batiam os pés enquanto caminhavam no telhado para recompactar a lama e garantiam proteção a família que vivia sob aquele teto.



A dança que representa trabalho e união ganhou as praças das aldeias e acabou se transformando em ritual de celebração e colheita, em meados de setembro.



As roupas são festivas. Os homens usam alças tradicionais, de nome shiruel, e botas, invariavelmente.

Uma faixa vermelha é colocada na cintura e pode apresentar outras cores. Coletes compõem o conjunto, e podem ser negros ou de cores variadas. Na cabeça os homens usam o tarbush, um chapéu cônico avermelhado conhecido em vários países como “Fez”, com uma faixa amarrada junto a testa.

Também é comum homens dançarem sem nada na cabeça ou então com o kefyeh, lenço do turbante.

As roupas das mulheres são mais coloridas, para provocar contraste com as masculinas. Algumas vezes, usam cestos de palhas ou jarros na cabeça para executar coreografias.



O dabke é constituído de uma longa fila, em que todos executam os mesmos passos. Na ponta, ficam dançarinos mais hábeis, que realizam evoluções arrojadas. Os adereços usados não são muitos. O masbaha é um deles – compõe-se de um colar de contas – que é girado por quem está “puxando” o dabke.



A dança é acompanhada pelo derbake (tambor feito com cilindro de argila sobre o qual é esticada uma pele de cobra), ney (flauta longa de bambu) e mijwiz (flauta embarrilhada dupla de alta diapasão).



A base de todos os dabkes é um som chamado daloonah, sobre o qual se desenvolve o canto e as evoluções da dança.



Assim é a dança folclórica nacional do Líbano. Em alguns vilarejos nas montanhas daquele país, esta tradição ainda é respeitada.

No entanto, vários grupos e festivais retomaram a antiga dança profissionalmente, a partir dos anos 1960. É o caso da companhia teatral Anwar, fundada por Wadiha Jarrat, muito famosa em todo o Oriente e que estabeleceu um padrão de excelência para o dakbe.



Wadiha Jarrat era capaz de recrutar um grande número de dançarinos que ela usava durante festivais chamados Baalbek. Eram filas espetaculares de homens mulheres que davam as mãos e avançavam em direção a platéia, os pés batendo no chão em uníssono, levando os teatros a baixo e gerando irreprimível entusiasmo entre a audiência.





Jarrat colaborou com os irmãos Rahbani e Fairuz, a diva contemporânea mais venerada no Líbano, criando a Opereta Libanesa, baseada em lendas folclóricas daquele país.

Graças a esse renascimento, atualmente escolas de todo o Líbano ensinam o dabke aos seus alunos. Pequenas companhias apresentam-se por todo o país, quanto clubes locais realizam o chamado “Jantar de Aldeia”, que acontece anualmente em agosto.


Obs.:










Fonte: recebi este texto de uma amiga que o encontrou na internet mas ela não me passou a fonte.




*************************************************************************************


Quando os outros dançarinos estão acompanhando devidamente, ele começa a enfeitar o passo que acabou de criar com pulos, giros e viradas em que for hábil. Ele pode sair da fila e se mover nela para fazer passos sozinho ou desafiar os outros a dançarem sozinhos. O líder fica na ponta direita da fila, mas há pelo menos uma exceção notável, que é a "hora/debka" israelita, onde o líder fica na ponta esquerda da fila e esta move na direção oposta. O ritmo pode ser uma marcha reta e batida de pé, ou pode vir intrinsecamente sincopado. Os movimentos dos dançarinos variam de uma pisada à frente a um passo contínuo simples, dobrar o joelho várias vezes, uma combinação de pulo e chute e o batimento ritmado com o pé. Há também pulinhos, saltinhos e movimentos trabalhados com os pés. O líder pode rodar um guardanapo ou lencinho. O sentimento (sensação) da dança é ditado pelos músicos – particularmente o flautista tocando o Nai – e pelo RAS (líder). A vantagem da flauta na dança é que aquele que a toca também pode participar. Às vezes seu toque parece levar os dançarinos a um transe onde eles andam arrastando e sacudindo por muito tempo sem mudar o passo. Outras vezes ele pode incentivar pulos e gritos até a exaustão. Essa dança é realizada por grupos profissionais em apresentações e também por pessoas comuns em casamentos e festas. É gostosa de dançar e linda de assistir. Há semelhanças com outras danças, como o Hasapiko rápido grego (não o Vari Hasapiko), Macedonian Oro, Bulgarian Horo, que são todos baseados no mesmo padrão passo-passo-passo-chute-passo-chute.




curiosidade: Tasha Banat diz que o dabke às vezes é dançado com um bastão, mas que não tem nenhuma relação com o Tahtib ou dança da bengala egípcia (Saidi). Ele diz que quando um galho reto de oliva é encontrado (algo muito incomum, devido ao jeito que as oliveiras crescem) é considerado sinal de boa sorte. O ramo pode ser retirado da árvore e esculpido em forma de uma bengala sem gancho, geralmente em espiral. Então ele é levado durante a dança e pode ser balançado ou segurado no alto, para enfatizar, mas não é usado como instrumento marcial como o Assaya é no Tahtib... é apenas um símbolo de boa sorte.



http://www.angelfire.com/co2/dventre/dabke.html

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Leia mais sobre!

Seguidores

Dança do Ventre e Cigana

Dance...dance..dance...

Visitantes!

Marcadores

"A expressão na Dança do Ventre" "A meia ponta na Dança " ***Rádio Árabe on line*** **Dança do Ventre Origem ** **Maquiagens Árabes** *Dabke* *Dança do Ventre e benefícios emocioanais* *Masbaha* A atuação da Dança do Ventre no corpo feminino A Dança Cigana A Dança do Ventre no Brasil A Dança do ventre através dos tempos A Deusa está dançando... A expressão na Dança do Ventre A gravidez e a mulher que dança A História da Dança do Ventre/Origem a Magia e o mistério de uma Arte Milenar... ABAIXO ASSINADO ALERTA maquiagem Algumas modalidades de Dança I Alguns movimentos da D.do Ventre Alongamento... Aromatizador de Ambientes Artesanato em MDF Artigo publicado (Jornal) Aulas de Baralho Cigano e Cristais Aulas de Dança Aulas de Dança do Ventre Aulas de Dança outras modalidades Aulas em 2021 AULAS ON LINE Ballet e D do Ventre texto de :Luana Mello Ballet Record Junh 2016 Baralho Cigano e Cristais Benefícios diversos Bindi ele é tão lindo CAFÉ COM BARALHO Cantores Árabes - Cantores Árabes - AMR DIAB Carimbó Código de ética da Dança do Ventre Como avaliar sua Dança do Ventre Contato Curiosidades / beleza países árabes D.D.V. como antídoto para depressão Dança Dança - O que é? Dança Baladi (minha pesquisa) Dança com Véu Dança das 1001 Noites... Dança do Ventre Dança do Ventre / dinheiro /vulgaridade Dança do Ventre alguns artigos Dança do Ventre e o Zodíaco Dança do Ventre Infantil Dança dos Seete Veus I Dança dos Sete Veus II Dança Mix DANÇAR !!!! Dançar... Danças Circulares Dance De Volta DEPOIMENTOS DESABAFO E AGRADECIMENTO Dica de maquiagem Dicas de Dança Dicas de maquiagem Dicas de saúde DIVULGAÇÕES Entendendo a Dança do Ventre Eu Louvo a Dança... Evento Apresentações Eventos maravilhosos no RIO FAÇA A DIFERENÇA Ghawazees Imagens de roupas Importante MAQUIAGEM Atenção mulheres Improviso Site Central D do ventre Incensos e Aulas Infantil Instrumentos Árabes Junho 2016 Ola! Lenços de moedas Letra de música Letras de músicas LOJINHA Mahmoud Reda e Danças Árabes folclóricas mais do que simples movimento... Mensagens e mensagens junh 2016 Mensagens Inspiradoras junh 2016 Modalidades de Dança do Ventre Motivos para praticar a dança do ventre Mulher - 8 de Março Dia Internacional da Mulher Novidades novidades 2019 O Poder do Ventre O ser Feminino ( Sua origem primitiva) O Ventre / Barriguinha Origem Percussão Árabe no Brasil Pesquisa sobre bailarinas antigas Pesquisas sobre a vida no harém Povérbios árabes/frases/ditados Povo Cigano Prece Árabe PROJETO DANÇA Projeto Mandala Mística Publicações Diversas 2014 Quando ela Dança... Record trabalhos RETORNO DAS AULAS RIO DE JANEIRO MINHA CIDADE Rio Orient Festival 2010 Segredo/Sucesso/Bellydance Sensualidade e Benefícios com a Dança do Ventre Sites e Blogs que eu indico Sobre a Dança do Ventre Sobre as Aulas na Lona Cultural Sugestões de Nomes árabes Um antigo poema de amor... Venda de Produtos Gracy www.bellydance.com.br www.Dalarmibellydance.blogspot.com Yousry sharif um grande coreógrafo Zambra (Flamenco-árabe)