Artigo Publicado no Jornal Carta do Líbano
Dentre de todos os shows étnicos, o árabe ou o oriental é o mais contagiante e encantador. É possível alguém ficar parado ao escutar os primeiros repiques do Durbak?No países do norte da África e do Médio Oriente as mulheres dançam entre si para se entreterem, nesses momentos existe pouca diferença entre a platéia e os espectadores, e em momentos determinados cada uma tem a chance de ser os dois. As crianças aprendem cedo a imitar a dança das mulheres e são encorajadas a mostrar o que sabem. A dança árabe é baseada em técnicas específicas, mas cada mulher desenvolve seu estilo próprio expressando a sua sensibilidade e personalidade através dos movimentosA dança oriental ganhou fama mundial quando Napoleão fez uma expedição ao Egito em 1798, os europeus foram cativados pelas bailarinas gawazee (ciganas) famosas pelas suas performances que ficaram imortalizadas pelas pinturas e livros do chamados orientalistas com Delacroix, Gerome, David Robert Flaubert, daí o nome “Dance du Ventre”, por causa dos acentuados movimentos da barriga e dos quadris. Hoje a “Raks el sharki”continua como uma arte popular nos casamentos festas e casas noturnas ou como uma forma de expressão pessoal nas festas familiares.Tão importante como estudar a técnica e os ritmos da dança ,é criar e compor o seu próprio traje de bailarina.Aí também revelam-se aspectos da personalidade da bailarina: a escolha de cores, design da roupa, a criação do bordado, além de serem um trabalho artístico e um desafio para a criatividade, são também uma forma de terapia.Os levantamentos históricos revelam que as bailarinas vestiam em público a mesma roupa que as mulheres de classe média vestiam na privacidade do harém, basicamente consistia em um vestido de fundo longo e transparente com mangas largas até os cotovelos que caíam conforme elas dançavam movendo os braços, deixando a mostra braceletes e adornos das mãos e dedos em cima vestiam um colete firmemente amarrado para mostrar os contorno do corpo, os movimentos dos quadris eram valorizados por uma ou mais franjas amarradas as ancas ou por lenços e véus brilhantes envolvendo a bacia. No século XX a dança se internacionalizou e se modificou para ganhar platéias do mundo inteiro. Como estagiária por três meses no atelier de alta costura de Fuad Sarkis responsável pelos figurino de Dina, Howaida, El Hashim, Narimam Abud, Dani Bustos, para citar apenas alguns nomes, pude assistir a todos os melhores shows das grandes estrelas de Oriente, que montam espetáculos novos todo ano para o qual compram músicas de compositores renomados, contratam coreógrafos e mudam radicalmente os figurinos, lançando modas para as profissionais de dança do ventre do mundo inteiro. Ombreiras, mini saias, capas, coroas e luvas, não são escolhidos apenas por gosto pessoal, mais fazem parte do contexto do show e da imagem e perfil que cada artista quer traçar junto ao público e a mídia sofisticação e profissionalismo, aliados a ao talento e personalidades de cada artista são os componentes que atraem, seduzem e encantam turistas amantes e estudiosos da cultura árabe.
Dentre de todos os shows étnicos, o árabe ou o oriental é o mais contagiante e encantador. É possível alguém ficar parado ao escutar os primeiros repiques do Durbak?No países do norte da África e do Médio Oriente as mulheres dançam entre si para se entreterem, nesses momentos existe pouca diferença entre a platéia e os espectadores, e em momentos determinados cada uma tem a chance de ser os dois. As crianças aprendem cedo a imitar a dança das mulheres e são encorajadas a mostrar o que sabem. A dança árabe é baseada em técnicas específicas, mas cada mulher desenvolve seu estilo próprio expressando a sua sensibilidade e personalidade através dos movimentosA dança oriental ganhou fama mundial quando Napoleão fez uma expedição ao Egito em 1798, os europeus foram cativados pelas bailarinas gawazee (ciganas) famosas pelas suas performances que ficaram imortalizadas pelas pinturas e livros do chamados orientalistas com Delacroix, Gerome, David Robert Flaubert, daí o nome “Dance du Ventre”, por causa dos acentuados movimentos da barriga e dos quadris. Hoje a “Raks el sharki”continua como uma arte popular nos casamentos festas e casas noturnas ou como uma forma de expressão pessoal nas festas familiares.Tão importante como estudar a técnica e os ritmos da dança ,é criar e compor o seu próprio traje de bailarina.Aí também revelam-se aspectos da personalidade da bailarina: a escolha de cores, design da roupa, a criação do bordado, além de serem um trabalho artístico e um desafio para a criatividade, são também uma forma de terapia.Os levantamentos históricos revelam que as bailarinas vestiam em público a mesma roupa que as mulheres de classe média vestiam na privacidade do harém, basicamente consistia em um vestido de fundo longo e transparente com mangas largas até os cotovelos que caíam conforme elas dançavam movendo os braços, deixando a mostra braceletes e adornos das mãos e dedos em cima vestiam um colete firmemente amarrado para mostrar os contorno do corpo, os movimentos dos quadris eram valorizados por uma ou mais franjas amarradas as ancas ou por lenços e véus brilhantes envolvendo a bacia. No século XX a dança se internacionalizou e se modificou para ganhar platéias do mundo inteiro. Como estagiária por três meses no atelier de alta costura de Fuad Sarkis responsável pelos figurino de Dina, Howaida, El Hashim, Narimam Abud, Dani Bustos, para citar apenas alguns nomes, pude assistir a todos os melhores shows das grandes estrelas de Oriente, que montam espetáculos novos todo ano para o qual compram músicas de compositores renomados, contratam coreógrafos e mudam radicalmente os figurinos, lançando modas para as profissionais de dança do ventre do mundo inteiro. Ombreiras, mini saias, capas, coroas e luvas, não são escolhidos apenas por gosto pessoal, mais fazem parte do contexto do show e da imagem e perfil que cada artista quer traçar junto ao público e a mídia sofisticação e profissionalismo, aliados a ao talento e personalidades de cada artista são os componentes que atraem, seduzem e encantam turistas amantes e estudiosos da cultura árabe.
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