Importância dos Ritmos /Texto de Lulu Sabongi

Vi este artigo no Blog da Lulu enquanto navegava aqui na net gostaria de dividi com tds espero que gostem!Aprendo muito lendo ela é minha inspiração !!
bjs!!

:)




A importância dos Ritmos típicos na estruturação de seu Show.

Como bailarinas, precisamos reconhecer os ritmos básicos que pertencem a dança Oriental e que farão parte inevitavelmente de nossa vida artística.
Treinar sua capacidade auditiva para reconhecer diferenças e poder vivenciá-las dançando é essencial para sua qualidade e comprometimento enquanto expoente de uma arte que tem raízes muito longe de nossa terra.

Não temos que reconhecer dezenas de ritmos diferentes mas sim uma parte deles. Alguns que freqüentemente aparecem e determinam a estrutura de uma apresentação.
Geralmente, uma entrada de dança tradicional envolve uma seqüência mais ou menos previsível, no que se refere ao aparecimento dos ritmos e diferentes momentos da apresentação.
Uma pequena introdução ou música de entrada, que oferece algumas mudanças rítmicas , paradas, e momentos de efeito, como um aperitivo mostrando a habilidade da dançarina. Improvisações melódicas podem ter lugar num segundo momento, trazendo um conteúdo poético a performance, através do takssim.
Um solo percussivo, que exige o máximo no que tange o controle da região do quadril, mostrando a agilidade e capacidade criativa da bailarina. Ao final da apresentação o mais comum é o que chamamos gran finale, uma composição curta e de grande apelo expressivo que finaliza a dança em grande estilo, com acelerações progressivas, culminando num clímax musical.

Baladi, Maqsoum, Masmoudi e Malfouf, são ritmos muitas vezes usados em entradas. Baladi e Maqsoum compartilham o mesmo padrão de acentuação, sendo que o Maqsoum, é usado muitas vezes em sua versão acelerada e começa com um dum, e depois Tek, no lugar do famoso e conhecido Dum Dum, que inicia o Baladi. Há muita controvérsia entre os músicos de diferentes procedências sobre a nomenclatura dos ritmos , portanto nossa preocupação deve se deter na execução dos mesmos no lugar do conhecimento teórico que serve muito mais ao acadêmico do que a nós, bailarinas, que necessitamos da prática mais do que qualquer coisa.
Em conservatórios do mundo árabe, o baladi que conhecemos no Ocidente muitas vezes é chamado de Masmoudi Sughair, ou masmoudi pequeno. O ritmo que aqui no Ocidente chamamos de Masmoudi lá é designado por Masmoudi Kbir, ou Masmoudi Grande. O Malfouf não é relacionado aos ritmos acima, é mais curto e cativante, ainda que seja tocado muito rápido.
Dentro da apresentação temos também o momento mais poético e expressivo que se estabelece através de ritmos mais tranquilos como o Bolero ou Chifttelli, também conhecido como Wahad Kbir. O bolero aparece mais conectado com canções líricas e os outros, como base de fundo para improvisações puras, taqsim, sem um tema melódico fixo. Estes momentos vão solicitar da bailarina agilidades específicas de acordo com sua preparação, para que seu corpo possa manifestar a música de forma harmônica e rica.


Alem do conhecimento dos ritmos que funcionam como a respiração da música, temos que ter o conhecimento e disposição para explorar a parte melódica, que é onde encontramos as nuances diferenciadas, que determinarão humores diferentes, trocas de intenção e temas peculiares dentro da peça musical. Se esta sensibilidade não for acordada, perdemos muito da música, apresentando uma versão empobrecida sobre a mesma.No solo, de percussão, um dos derbakistas, vai providenciar uma base para a improvisação, muitas vezes o próprio Maqsoum, enquanto outro solista, conecta uma série de temperos, ou frases , misturando propositadamente, ritmos e floreados, que podem ser totalmente improvisados ou previamente decididos.
Geralmente qualquer variação é tocada duas ou quatro vezes para oferecer a bailarina uma chance maior de ajuste, especialmente nos casos em que os dois não trabalham juntos e necessitam adaptar-se em cena. Uma boa forma de se preparar para os solos, é ouvir diversos deles, sem ordem específica, para acostumar-se com as variações e ao mesmo tempo estimular sua pronta resposta enquanto bailarina.

O momento final, geralmente é curto e tem progressão natural partindo de uma cadencia moderada e se desenvolvendo até um desenrolar muito mais rápido. Ayoub e Malfouf são os ritmos mais comuns para saída de cena. O que é desenvolvido ao final da peça também pode ter como base o Maqsoum, com outros ritmos sendo tocados em sobreposição para criar o desenrolar da performance.

Nossa preparação deve ser continua e intermitente, com os anos vc vai perceber que conhecimento é uma riqueza, fácil de adquirir, e bem estruturado, impossível de perder.
Podem nos aprisionar fisicamente, mas nossa mente e capacidade sempre abrirão as portas de onde quer que possamos estar com nosso corpo concreto. Asas a imaginação!

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